terça-feira, 23 de junho de 2009

DOIS MIL E NOVE É O ANO

Dois mil e nove
é o ano
das grandes decisões
não é preciso ser sábio
nota-se nas obras
(publicas)
que aceleram , aceleram
a um ritmo que nós, mortais
habituados que estamos
a olhar para os demais
sempre á nossa frente, enfim
estranhamos certamente
e deduzimos,calmamente
que esta vida é assim
por isso afirmo,
convicto
sem jeito a grandes sermões
que dois mil e nove é o ano
das grandes decisões,
e, inculto , eu concluo
porque será que há tantas
obras à vista do povo
só em anos de eleições….???
e ingénuo nestas coisas
por negação ou engano
-dois mil e nove é o ano –
matuto e digo pra mim
mais valia que eleições
houvesse todos os anos
haveria obra sem fim
pró povinho contentar
e então pra terminar
afirmo sem hesitação
arranjem-nos uma eleição
para o Zé poder votar
e tomar as decisões
mas continuo cismando
-não percebo nada disto…..-
tanta obra à vista do povo
só em anos de eleições…..?????

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Ausência

Secou-se o pranto
em meus olhos
e os cabelos longos
ao vento
lembram tentações
estão tão longe as ilusões

acalmo a dor
quando a chuva fria
dos bréus
me procura
e esta desventura
se evade para os céus

e ao sol nascente
quando a aurora
ardente, em chamas
desperta, implora
a ausência
me devora

Mas um dia
na imensidão do tempo
virá alguém
ou algo
que me dirá
- vem comigo
que o caminho faz-se andando
e o carreiro que nos espera
rugoso e duro o bastante
por-no-á tarde ou cedo
no final da caminhada
lá bem longe, no infinito
onde estará escrito
a pedra dura ou a giz
numa lápide discreta:
"eu nunca quis o que fui
nem tão pouco fui o que quis"